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Mostrando postagens com o rótulo depressão

E esse vazio existencial que carregamos dentro de nós?

O vazio existencial é um sentimento que está presente na vida de todo ser humano, e pode aparecer com maior ou menor intensidade, dependendo do período que a pessoa atravessa. Ele pode ser sentido e vivenciado em inúmeras circunstâncias da existência humana, e geralmente surge após situações estressantes pelas quais todos estamos sujeitos a passar um dia. Podemos observar uma crise deste vazio perante os vários lutos e perdas que passamos ao longo da vida, seja de um ente querido, algo relacionado as relações afetivas ou profissionais ou mesmo as mudanças nas etapas de nossa existência. Também não podemos nos esquecer que este vazio permeia alguns distúrbios e patologias psíquicas, como a ansiedade, fobias ou depressão. O agravamento do sofrimento psíquico em decorrência do vazio existencial pode trazer uma incapacidade de autorregulação, fazendo com que fiquemos mais sensíveis às situações do dia-a-dia. Um aumento de crises ansiosas, choros compulsivos ou pensamentos de busca uma si

Compulsão alimentar

Transtorno de compulsão alimentar Você luta contra a compulsão alimentar? Todos nós comemos muito de vez em quando. Mas se você comer demais regularmente, de uma forma que parece que o ato de comer sai fora de seu controle e você sente uma certa impotência para parar, pode estar sofrendo de transtorno da compulsão alimentar. Esse transtorno não é constante, ocorre de tempos em tempos e pode ser desencadeado por um sentimento depressivo, de ansiedade ou de estresse. Quando este sentimento surge, é comum ingerir grandes quantidades de alimentos ( ou em quantidades superior ao que você estaria habituado) e não consegue parar, exatamente por estar com alguma angústia que lhe impulsiona a comer mais. Você pode comer a ponto de sentir desconforto e depois ser atormentado por sentimentos de culpa, vergonha ou depressão, punir-se por sua falta de autocontrole ou mesmo se preocupar com o que a alimentação compulsiva pode fazer com seu corpo. O transtorno da compulsão alimentar periódica pode

O estresse pode afetar nossa saúde mental?

A resposta é SIM! O estresse é uma resposta biológica a qualquer estímulo intrínseco ou extrínseco, comumente desencadeado quando alguma situação de perigo ou ameaça é vivenciada. Pode provocar uma série de alterações físicas e psicológicas como por exemplo deixar o corpo em estado de alerta. Em alguns casos, a reação ao estresse é natural e necessária para o ser humano com em adaptações as situações novas. O estresse pode ser classificado como agudo e crônico. O estresse agudo é de curta duração, normalmente causado por situações traumáticas e/ou passageiras. Uma vez que a situação é resolvida, o estresse tende a diminuir até cessar completamente. Já o estresse crônico é decorrente de situações que possuem impacto duradouro por um período de pelo menos 06 meses, como por exemplo discórdias conjugais, problemas familiares, de saúde, profissionais. etc. Diversas situações podem desencadear uma reação de estresse, tais como problemas com amigos próximos, problemas de adaptação a novas s

Mau humor constante? Tristeza contínua? Entenda a distimia

V ocê  ( ou alguém que você conhece) tem uma irritação constante? Tem uma tristeza que pode se confundir com depressão, já que este sentimento está de forma contínua?  Pois é, apesar de não muito comentado estes sintomas podem indicar uma distimia. Mas o que vem a ser este quadro?  Sabe quando o mundo parece muito cinza, o filme (série, novela, etc) nunca é legal, as músicas ficam chatas, as pessoas também te irritam.... Parece que o mundo todo está difícil.... e claro, neste ciclo, tudo tende a ficar cada vez mais negativo... Geralmente estas pessoas estão sempre descontentes e, por consequência, acabam reclamando de várias coisas e situações do dia-a-dia, o que é visto pelo outros como temperamento forte ou pessoa de difícil convivência.  A única forma de diagnosticar corretamente é por meio de avaliação psicológica ou psiquiátrica, pois não se trata de um simples mau humor ou de uma depressão comum. Este quadro pode perdurar por anos, o que acaba afetando e muito a qualidade de vida

Já ouviu falar em luto não reconhecido?

Todos nós já ouvimos falar em luto, e a definição mais clara e simples sobre o assunto é que este é um período de dor e sofrimento causado pela ruptura física de estar com alguém. Geralmente, associamos com o falecimento de um familiar ou amigo muito querido de nossa convivência. Também vale lembrar que o luto tem um dia para começar, mas é impossível falar quanto tempo ele dura, se é dias, semanas ou meses. O fato é que o luto existe e a dor é real para quem vivencia este momento.  Podemos estender este luto para outras situações como o fim de um relacionamento seja afetivo ou profissional. Isto porque criamos vínculos, laços com o outro e também com toda aquela realidade que circunda a relação: amigos em comum, rotina diária, situações cotidianas... A falta da existência e da permanência deste hábito causa um desconforto que chega a doer na alma. E esta dor é o luto. Este sofrimento é reconhecido e validado por quem está perto de nós.  Mas o que vem a ser o luto não reconhecido? Como

Ser controlador pode atrapalhar meus relacionamentos?

Algumas pessoas têm a necessidade ou hábito de querer controlar não apenas as coisas que estão ao seu alcance, mas também assuntos relacionados a outras pessoas. E sabemos que nem sempre isso termina bem, não é mesmo? Mas como podemos identificar em nós esta mania de controle? Esta impulsividade por controlar tudo e todos decorre do sentimento de querer que tudo saia exatamente como pensa ou acha ser o correto. A pessoa controladora sente-se na obrigação de cuidar não apenas de si, mas manejar a vida de um familiar ou amigo, por vezes fazendo ou impondo escolhas. Isto pode acarretar alguns problemas nos relacionamentos com filhos, parceiros amorosos e amigos íntimos. Como a pessoa controladora julga que seu modo de atuar é o mais correto, prático ou eficaz, os outros devem fazer exatamente como ela quer, tentando anular as vontades ou opiniões de quem está ao seu redor. Este modo de agir pode se estender também à vida profissional, seja como na escola ou no trabalho. A pessoa acredi

Validação emocional como recurso de empatia

Quando escutamos alguém nos falar para "validar" as emoções de outra pessoa, parece óbvio, mas ao mesmo tempo... Será que estou fazendo a coisa certa? Pois bem, o que bem a ser esta 'validação'? Este conceito envolve compreensão e aceitação dos sentimentos de outra pessoa. Sim, ter empatia completa: no nível das emoções! Quando as pessoas recebem esse tipo de validação, elas sentem que não são apenas vistas ou ouvidas pelos outros! Melhor ainda, que esses sentimentos também são!!! Veja bem: os sentimentos!!!! Primeiramente, tente se colocar no lugar do outro. Se, por acaso, você sentir que seus pensamentos, sentimentos e emoções não são ouvidos e compreendidos, o que pode acontecer? De início, você pode ter a sensação de um isolamento ou mesmo uma ausência de apoio. Ou seja, a invalidação emocional pode até ser um gatilho para o aparecimento de condições psicológicas, incluindo ansiedade, crises de pânico ou mesmo estados depressivos. Então como praticar esta val

Análise psicológica do filme As Horas ( contem spoiler)

O filme nos apresenta a história de três mulheres e entrelaça algumas crises pessoais por cada uma das atrizes. Em um primeiro cenário, ambientada na Inglaterra pós-guerra, nos apresenta a elaboração do romance de Virginia Wolf: “Mrs. Dalloway”. Este contexto inicial e necessário permite compreender a trama e a influência desta obra citada dentro do filme As Horas, dirigido por Stephen Daldry. Mrs. Dalloway é, sem dúvida, um dos romances mais conhecidos de Virginia Wolf, que narra a história de uma mulher, Clarissa Dalloway. Não por acaso há uma menção importante e presente na vida das personagens: "Você sempre dá festas para cobrir o silêncio". Este silêncio como experiência piscológica, onde as palavras não habitam, onde o sujeito é desconhecido, a realidade grita e aponta a angústia, em que as 3 mulheres do filme não elaboram seus sentimentos e, repetidamente, insistem em suas experiências particulares de dor e sofrimento. A luta das mulheres no filme é a luta incessant