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Mostrando postagens de agosto, 2021

Violência psicológica: uma violência sem marcas (aparentes)

Recentemente, uma lei contra a violência doméstica e familiar foi sancionada e publicada nas páginas do Senado Federal. Trata-se da Lei 14.188 de 2021, pertencente ao programa Sinal Vermelho. Muito se sabe sobre a violência doméstica, principalmente nas modalidades física e sexual, mas não menos importante e igualmente destruidora, é a violência psicológica, que por ser "sem marcas", não aparece para a sociedade. A violência psicológica é um tipo de agressão que traz danos ao emocional, fere o equilíbrio afetivo, a capacidade de tomar decisões e o estado de bem-estar necessário que para que o indivíduo possa viver com dignidade. Um dos fatores que está geralmente ligado à violência psicológica é a dependência afetiva da vítima. A carência afetiva que a vítima passa a faz manter uma certa cumplicidade com tais sofrimentos, associa que o parceiro com temperamento explosivo é o protetor, o ciúme como demonstração de carinho ou manter o relacionamento a todo custo. No entant

Os benefícios da atividade física para a saúde mental

O exercício não envolve apenas a capacidade aeróbica e o tamanho dos músculos. Claro, os exercícios podem melhorar sua saúde física e seu físico, ajudar a definir o corpo e até mesmo adicionar anos à sua vida. No entanto, não é isso que motiva a maioria das pessoas a se manterem ativas. O maior benefício é a sensação de bem-estar. Geralmente, quem tem o hábito de praticar alguma atividade física, se sente com mais energia ao longo do dia, dormem melhor, têm memórias mais nítidas e se sentem mais relaxados e positivos sobre si mesmos. E isso é um ótimo remédio para nossa saúde mental. O exercício regular pode ter um impacto profundamente positivo na depressão, ansiedade e TDAH, aliviando o estresse, melhorando a memória, e, consequientemente, melhorando seu humor geral. Mas como isso funciona? O exercício pode ajudar a fornecer: Memória e pensamento mais nítidos. As mesmas endorfinas que fazem você se sentir melhor também o ajudam a se concentrar mais para as tarefas cotidiano.

O humor como mecanismo de defesa

Não importa se temos uma situação complicada em nível familiar ou profissional, político, de saúde nos causando alguma emoção ou sentimento mais controverso, acabamos usando o humor como forma de manifestação de externalizar a angústia interna. Hoje, nas redes sociais, seja através de vídeos ou 'memes', o humor torna-se um meio democrático no enfrentamento de momentos que provocam dor e sofrimento. Hoje temos vários 'standup comedies', vídeos curtos, charges que atingem este discurso e, nem sempre apreciados, de acordo com a sensibilidade de cada um, mas sempre originais ou irreverentes quanto ao conteúdo humorístico transmitido. O tema pode ser relacionado à política, saúde, esportes, frases de celebridades, programas televisivos, choque entre gerações, novelas ou filmes, enfim, qualquer assunto, o humor vem como uma resposta àquilo que mexe com algo interno de todos nós Para entender melhor o uso do humor como função defensiva, precisamos entender um pouco das inst

Resiliência - como manter a tranquilidade em tempos turbulentos.

 A resiliência tem por definição a capacidade de saber lidar com problemas de variadas origens, adaptar-se à mudanças e resistir às pressões externas. Assim, as pessoas resilientes seriam as mais  capazes de manter a calma diante dessas adversidades, utilizando o autocontrole e outros recursos internos para encarar as circunstâncias e resolver suas dificuldades com mais equilíbrio.   <br><br> Mas realmente não está fácil, pessoas perdem ou sofrem redução em seus empregos, distanciamento de pessoas amadas, bombardeio de notícias negativas na mídia acabam causando um grande desgaste emocional, provocando perda na autoconfiança, tristeza e até mesmo depressão.  <br><br> <h2> O contrário também é real </h2> Ao mesmo tempo que isto acontece, vemos outras pessoas, por vezes até no mesmo núcleo familiar, com postura diferente para as mesmas adversidades! Aproveitam a ocasião para iniciar um novo trabalho, se dedicam a uma nova habilidade e, de repente, reco

Bipolar ou temperamental?

Um dos autodiagnósticos da moda é relacionacionado à bipolaridade. Muitas vezes as oscilações de humor normal a todo o ser vivente é facilmente ligada a uma possível bipolaridade. Comentários como: "Nossa estava rindo há pouco, fiquei nervoso e quase quebrei tudo depois e agora, só choro.... sou bipolar mesmo", Nossa, viu como ele mudou de humor do nada?" ou "Nunca sabemos o que esperar dela. Cada hora ela reage de um jeito"... Estas farses isoladas ou em momentos isolados de alguém, não caracterizam o chamado transtorno afetivo bipolar. Temos que lembrar que somos seres humanos, com nossas angústias internas e o tempo todo sofrendo ação do ambiente em que estamos, seja nosso núcleo familiar, escola, faculdade, vida profissional, entre tantos outros espaços em que circulamos. Nossas lutas internas e que muitas vezes só nós sabemos, por si só, já despertam uma infinidade de emoções e sentimentos que podem variar de acordo com o que passamos, o que escutamos ou

Empatia: como posso exercitar mais?

A palavra empatia tem por definição ser a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. Ao pesquisar historicamente o uso da palavra empatia, encontramos na literatura psicológica a palavra inglesa Empathy sendo usada em 1909 pelo psicólogo inglês Edward Tichener, qua a retirou do termo alemão Einfühlung . Esta palavra por sua vez apareceu na estética, em 1903, com psicólogo alemão Theodor Lipps. Então, temos uma palavra que há mais de 100 anos aparece no vocabulário nosso, porém ainda não é totalmente reconhecida na forma de atuar das pessoas. Como assim? Bom, se pela definicão acima, a empatia é conseguir se colocar no lugar do outro, temos uma interação social de identificação. Aparentemente seria fácil ter compaixão, sentir o que o outro sente, compreender os sentimentos e o sofrimento do próximo, mas nem sempre esta é a realidade. A empatia pod

Ansiedade é para sempre ou há como lidar com este transtorno?

A ansiedade é um sentimento geralmente desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto pela antecipação de perigo, de receio de algo desconhecido ou estranho. Ela aparece em todas as faixas etárias, em qualquer situação econômica, social ou intelectual. Em crianças, por exemplo, o desenvolvimento emocional aparecem no modo como se manifestam os medos e as preocupações, muitas vezes não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais. Esta ansiedade, em qualquer idade, passa a ser patológica quando estão com sintomas ou reações desproporcionais em relação ao estímulo e interferem negativamente com a qualidade de vida, prejudicando estudos, trabalhos, afazeres cotidianos, convivência no meio social, qualidade do apetite ou sono, inclusive. A maneira prática de se diferenciar a ansiedade normal ( expectativas boas de viagens, chegadas de amigos, realizações ou organizações de festas ou encontros) da ansiedade patológica é basicamente avaliar a duração da re

Psicologia combina com espiritualidade

Todos nós estamos em busca de nosso autoconhecimento, transformação, manejos de como lidar com os problemas da atualidade, como depressão, ansiedade, estresse, fobias, comparações, insegurança, desgaste emocional, entre outras situações que nos causam um abalo psíquico. Então, a busca por uma psicoterapia que nos ajude a compreender nossas falhas, medos e dúvidas é uma grande aliada para o entendimento de nossas questões mais íntimas. Mas onde entra a espiritualidade nisto e por que ela seria importante? Primeiro, é importante explicar o conceito de espiritualidade. Aqui temos compreendemos como uma experiência de contato com algo que transcende as realidades normais da vida, ou seja, vivenciar uma força interior que supera as próprias capacidades. Não vamos confundir com a religiosidade, que é a expressão de um conjunto de crenças e dogmas relacionadas à uma instituição religiosa. Em todas as religiões se pratica a espiritualidade, mas a espiritualidade não é de uma religião específ