Todos nós já ouvimos falar em luto, e a definição mais clara e simples sobre o assunto é que este é um período de dor e sofrimento causado pela ruptura física de estar com alguém. Geralmente, associamos com o falecimento de um familiar ou amigo muito querido de nossa convivência. Também vale lembrar que o luto tem um dia para começar, mas é impossível falar quanto tempo ele dura, se é dias, semanas ou meses. O fato é que o luto existe e a dor é real para quem vivencia este momento.
Podemos estender este luto para outras situações como o fim de um relacionamento seja afetivo ou profissional. Isto porque criamos vínculos, laços com o outro e também com toda aquela realidade que circunda a relação: amigos em comum, rotina diária, situações cotidianas... A falta da existência e da permanência deste hábito causa um desconforto que chega a doer na alma. E esta dor é o luto. Este sofrimento é reconhecido e validado por quem está perto de nós.
Mas o que vem a ser o luto não reconhecido?
Como assim 'não reconhecido'?
O luto não reconhecido é aquele que chega a ser minimizado pela sociedade, como : perda gestacional e neonatal, chegada da aposentadoria, perda do animal de estimação, o luto vivenciado pelas crianças, fim de namoro de curta duração, mudança de casa ou mesmo de cidade....
Entre as consequências do não reconhecimento do luto estão a falta de suporte emocional e proporção do lugar de fala desta dor, o que pode intensificar as reações de luto. O processo do luto não reconhecido é o mesmo processo do luto, porém sem o espaço necessário para seu enfrentamento. O enlutado terá seus altos e baixos e poderá considerar que está evoluindo bem quando a intensidade das reações diminuir, e sentir que, de algum modo, houve uma evolução, um desenvolvimento.
Mas com o conceito já compreendido, vamos mostrar como quem está de fora da situação pode ajudar:
- Embora o luto seja um processo solitário, como qualquer dor, respeite a forma particular que cada um administra seus sentimentos e suas técnicas pessoais para viver suas perdas.
- Entenda que o processo envolve saudade e consternação. Portanto, ajude a pessoa a se reconstruir e a se organizar emocionalmente.
- Como outras questões emocionais, psíquicas e cognitivas, o luto não reconhecido não deve ser confundido com “mimimi” ou “frescura”. Quem passa por isso se sente verdadeiramente sozinho. Portanto, não simplesmente se afaste.
- Se achar pertinente, aconselhe a busca por uma ajuda profissional, às vezes medicação e apoio profissional são essenciais para o fortalecimento.
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