A saúde mental dos indivíduos na atualidade
A respeito da presente fase da humanidade, o sociólogo Zygmunt Bauman fala sobre as características do que
denomina “Modernidade líquida”, definindo esta como um tempo de incertezas , no qual os indivíduos
encontram-se em uma condição de obrigação de serem livres de fato. Em frase retirada de seu livro, textualmente ele pontua: "“Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar”.
Pois é. Essas questões sobre 'incertezas', 'durabilidade' e 'liberdade' gritam na cabeça das pessoas, afinal de contas qual a dosagem certa para manter a saúde mental em dia? O mais interessante é que não há resposta certa, uma vez que cada indivíduo é único. No entanto, a moral e a ética de cada um faz esta balança tender a um equilibrio para o nosso bem estar.
A face da liberdade que poucas pessoas conseguem sustentar é a responsabilidade, a capacidade de fazer escolhas, características que tornam o ser humano um ser moral, condição inevitável da existência humana.
Essa visão aparentemente positiva, é na realidade uma fantasia, dado que a cultura da flexibilidade tende a destruir qualquer tentativa de controle. O próprio sociólogio afirma em seu livro, utilizado como base para este texto, que uma responsabilidade crescente recai sobre os ombros dos indivíduos ao mesmo tempo. Vivenciar algo sem o compromisso de cultivar as implicações chocam-se em instabilidades que podem ter consequencias imprevisíveis.
A modernidade líquida é caracterizada, sobretudo, pela fluidez e pelo derretimento das limitações da liberdade individual de escolher e agir, diluindo a importância de padrões, códigos, regras e referências sociais, estimulando o desejo, especialmente o desejo do consumo, impulsionado pelo predomínio da individualidade em detrimento de valores coletivos. ssa fragilidade resulta em indivíduos isolados socialmente e mais suscetíveis ao esgotamento mental, situação presente em todo o mundo , inclusive no Brasil. Segundo Orrganização Mundial de Saúde a depressão afeta cerca de 5,8% dos brasileiros. Sabemos que este número pode ser maior, pois nem todos têm acesso à cuidados de saúde, principalemnte os cuidados de saúde mental.
O próprio Bauman cita a vulnerabilidade mental que todos estão suscetíveis com a fala "Esse tempo da modernidade líquida gera ansiedade e a sensação de ter perdido algo. Não importa o quanto tentamos, nunca estaremos em dia com o que aparentemente nos é oferecido. Vivemos um tempo em que estamos constantemente correndo atrás. O que ninguém sabe é correndo atrás de quê".
E não é realmente assim que muitos se encontram? Sem uma conexão com o aqui e o agora em busca de uma liberdade fantasiosa? É tempo de pensar para não adoecer.
Referencias: 1. Bauman Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar; 2001. 2. Entrevista com Bauman para o Jornal Extra
Pois é. Essas questões sobre 'incertezas', 'durabilidade' e 'liberdade' gritam na cabeça das pessoas, afinal de contas qual a dosagem certa para manter a saúde mental em dia? O mais interessante é que não há resposta certa, uma vez que cada indivíduo é único. No entanto, a moral e a ética de cada um faz esta balança tender a um equilibrio para o nosso bem estar.
A face da liberdade que poucas pessoas conseguem sustentar é a responsabilidade, a capacidade de fazer escolhas, características que tornam o ser humano um ser moral, condição inevitável da existência humana.
Essa visão aparentemente positiva, é na realidade uma fantasia, dado que a cultura da flexibilidade tende a destruir qualquer tentativa de controle. O próprio sociólogio afirma em seu livro, utilizado como base para este texto, que uma responsabilidade crescente recai sobre os ombros dos indivíduos ao mesmo tempo. Vivenciar algo sem o compromisso de cultivar as implicações chocam-se em instabilidades que podem ter consequencias imprevisíveis.
A modernidade líquida é caracterizada, sobretudo, pela fluidez e pelo derretimento das limitações da liberdade individual de escolher e agir, diluindo a importância de padrões, códigos, regras e referências sociais, estimulando o desejo, especialmente o desejo do consumo, impulsionado pelo predomínio da individualidade em detrimento de valores coletivos. ssa fragilidade resulta em indivíduos isolados socialmente e mais suscetíveis ao esgotamento mental, situação presente em todo o mundo , inclusive no Brasil. Segundo Orrganização Mundial de Saúde a depressão afeta cerca de 5,8% dos brasileiros. Sabemos que este número pode ser maior, pois nem todos têm acesso à cuidados de saúde, principalemnte os cuidados de saúde mental.
O próprio Bauman cita a vulnerabilidade mental que todos estão suscetíveis com a fala "Esse tempo da modernidade líquida gera ansiedade e a sensação de ter perdido algo. Não importa o quanto tentamos, nunca estaremos em dia com o que aparentemente nos é oferecido. Vivemos um tempo em que estamos constantemente correndo atrás. O que ninguém sabe é correndo atrás de quê".
E não é realmente assim que muitos se encontram? Sem uma conexão com o aqui e o agora em busca de uma liberdade fantasiosa? É tempo de pensar para não adoecer.
Referencias: 1. Bauman Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar; 2001. 2. Entrevista com Bauman para o Jornal Extra
Realmente, é tempo de pensarmos sobre nossas condutas neste contexto de modernidade, a fim de nos libertarmos da ideia de liquidez, que vai nos diluindo e nos derretendo moralmente. Lindo e reflexivo texto. Um despertar.
ResponderExcluirCom toda razão! Sempre atentos ao nosso atuar nos relacionamentos para uma boa qualidade de interação social, tão importante para o bem-estar!
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